As Fênixes
( O herdeiro de Lancaster Visor, Duisternis Visor )
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Uma família marcada pelo pecado, pela maldição. Uma família cuja existência originou-se de um conjunto de atos desonráveis, realizados por pessoas de posições e origens diferentes. A história dessa família começa muito antes do que se imagina, na verdade. A milhares de anos, quando os reinos ainda eram poucos e não havia a total centralização de governos, existia uma nação chamada Orhsovia. Nessa época, esta nação era governada por uma família conhecida como os Orallius, que tinham como símbolo uma pomba branca. Esta família, porém, perderia seu posto na liderança, devido às ações de um ex-servo da mesma, chamado Lancaster Yaron Lhonson, que fundaria Valyrian nas ruínas do reino ao qual derrubara, após tirar a vida de seu rei. Este ato desonroso, seria o primeiro de uma série de desgraças que iria seguir pelo sangue de seus descendentes. O filho de Lancaster, Lon Aerys Lhonson, continuaria a trazer mais desgraças ao sangue desta família, porém de uma maneira bem diferente da do pai. Antes de mais nada, há uma outra história ao qual deve ser contada. É a história de uma mulher, uma mulher diferente de qualquer outra, é a história de uma mulher chamada Vess. Numa época um pouco depois da queda de Orhsovia, existia uma família nobre que habitava em Valyrian. Era uma família possuidora de terras e muito dinheiro, assim como vários criados e servos em seu poder. Entre estes servos, havia uma jovem menina de cabelos escuros, cujo pai a abandonara para ser criada unicamente pela mãe, extremamente pobre. Esta menina nutria fortes sentimentos pelo, também jovem, filho do casal a quem servia, e assim esta situação permaneceu, durante vários e vários anos. Numa fase mais adulta, ela finalmente conseguira uma chance para dizer-lhe sobre o seu amor, entretanto, recebera uma resposta que lhe matara todos os sonhos: "Me desculpe, Vess, mas eu não te amo". Esta única resposta era algo que alguém como ela nunca seria capaz de aceitar. E isso
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foi algo ainda pior devido a natureza incomum da mulher. A verdade, é que Vess não era uma mulher como as outras, ela era uma bruxa. O sangue que corria em suas veias possuía um poder maligno, macabro, e poderoso. O ódio que sentia por não ser aceita era imenso, e foi a força matriz que a moveria em suas próximas ações. Poderia até ser que aceitasse aquele não, porém, a condição para isso seria que ninguém mais pudesse ter aquele homem, e isso, não foi possível. Logo após ser negada, surgiu a primeira (e última) aspirante a pretendente de seu amado. Essa seria a gota d'água. Numa noite chuvosa, os poderes malignos de Vess se manifestaram naquela casa. Moveram-se de maneira cruel sobre todos que ali viviam. Um a um, pessoas morriam. Mesmo aqueles que também serviam a família não foram poupados. E no final, só sobraram ela e ele. A pretendente não duraria muito tempo, sendo transformada em uma barata, como Vess a via, e sendo logo depois esmagada. Mas ele, ele sofreu de outra maneira. Foi condenado a passar o resto de sua vida a observar o mundo ao seu redor se transformar. Fora transformado em uma árvore, e assim ficaria por muitos anos, se, infelizmente, lenhadores não viessem até a região atrás de madeira de boa qualidade e cortassem-lhe em pedaços. Aquele ato de extrema crueldade por ela realizado marcaria para sempre o seu sangue, e seria transmitido aos seus sucessores. Entretanto, muitos se enganam ao pensar que este fora o único crime por ela feito. Com a morte de todos aqueles que um dia habitaram naquela casa, Vess tomou para si a riqueza de seus antigos senhores, e passou então a viver no luxo daqueles que um dia a serviram, tendo como divertimento ver famílias inteiras se desfazerem, usando sua incrível beleza para isso. Até agora, foi ouvida a história de dois lados diferentes, porém, com uma semelhança única: Desgraças. De um lado, uma família nobre, do outro, uma mulher de origem humilde.
O destino, as vezes, é responsável por muitas coisas estranhas, porém, em certos momentos, as coisas acontecem num alto nível de perigo. Normalmente, se alguém ouvisse essas duas histórias até agora contadas, não imaginaria que um dia elas se uniriam numa só. O legado de Lancaster Yaron Lohnson passaria para seu filho, Lon Aerys Lohnson. Quando este completa os seus 25 anos, o mesmo dia em que seu pai morre. No governo de Valyrian, Lon traz grandes vitórias a seu país, ao atacar e conquistar os territórios de antigos aliados de Orhsovia. Entretanto, em algum momento durante este período de batalhas, Lon está retornando de uma de suas viagens e segue rumo a Crown, quando resolve parar no caminho devido as grandes chuvas que ocorriam. O destino, neste momento, aparenta ter planos para ele, pois, logo que para numa pequena vila, Lon vê-se bebendo em um bar. Neste momento, porém, há outra pessoa que surge e logo senta-se junto dele na mesa do bar, é uma mulher belíssima, de longos cabelos escuros. Sua beleza é tamanha que parece manipular os desejos do monarca, que, logo que deixa a vila, leva a mulher consigo para seu palácio em Crown, como sua acompanhante. Juntos eles viveram durante um ano, e durante este período a mulher engravidou. Entretanto, a gravidez dela logo retirou Lon de seu transe emocional, retornando-lhe o bom senso e o pensamento lógico. Alguém como ele jamais conseguiria viver junto de uma mulher como ela, que aparentava ser de origem humilde, esta relação só traria desgraças ao seu nome. E a criança que ela esperava, jamais poderia considerar aquilo um herdeiro seu. Foram estes os pensamentos que ele teve naquela época,e foram
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( A maligna Vess Visor )
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eles que o levaram a realizar suas ações a seguir. Lon abandonou a mulher e o filho, que recebera o nome de seu pai, e casou-se com uma donzela de família rica. Situação esta que parece familiar a alguns, estes porém, não se enganam ao pensar isto, pois, esta mulher abandonada, é ninguém mais do que a mesma mulher mencionada anteriormente, Vess Visor. Surge então a maldição, uma maldição diferente da anterior, entretanto. Lon Aerys Lohnson cometera um erro antes ao enganar-se em relação a ela, e, por causa disso, a maldição de Vess o faria ver a verdadeira natureza das pessoas a partir de então. Amaldiçoado com o Malecdicus, Lon viveria os anos seguintes sempre em alerta, a maldição o fizera descobrir inúmeros inimigos entre seus camaradas, porém, essa não era a sua maior preocupação. Na verdade, sua segunda mulher, dera-lhe outro filho, o legítimo herdeiro de Valyrian, Apesar da felicidade de ter um filho legítimo, ele sabia que a inveja de sua antiga mulher ainda existia, e temia por seu filho. Entretanto, nada ocorreu de incomum quanto a criação do jovem Yaroglek. A verdade, porém, é que Vess estava ocupada demais com a criação de seu filho, Lancaster, para poder atacar seu antigo amante. A falta de um pai, deu toda a responsabilidade da criança a Vess, que aproveitou-se disso para inserir em seu filho ideias de ódio e desprezo em relação a Lon, que os abandonara a merce do destino. Durante este período, eles acabaram
( Lancaster Visor, o demônio encarnado )
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se juntando a outras pessoas em situação semelhante (bandidos, mercenários e feiticeiros) e transformaram-se num grande grupo de soldados nômades, que atacavam caravanas e navios atrás de comida e riquezas. Foi assim que Lancaster Visor cresceu, e o que definiu o adulto que ele se tornaria. O modo de vida perigoso e violento a qual estava submetido, o ódio imenso que sua mãe o fizera passar a sentir por seu pai, e o sangue carregado de desgraças daqueles que o procederam transformaram Lancaster Visor em um verdadeiro demônio, para ele, a única pessoa que importava era a si mesmo, todos que o cercavam eram dispensáveis, ele não tinha respeito por ninguém, era capaz de matar pessoas de maneira cruel e não se arrepender, e não tinha medo da morte. Ao mesmo tempo em que sua personalidade maligna se desenvolvia, o mesmo acontecia com seu corpo, o treinamento com disciplina militar lhe trouxe um incrível desempenho físico, sua mente evoluiu para um estágio de incrível pensamento lógico, os poderes mágicos que herdara de sua mãe evoluíram incrivelmente e lhe tornaram um poderoso feiticeiro. Ele acabou tornando-se um inimigo perigoso para qualquer um enfrentar, matando facilmente seus oponentes enquanto enriquecia com os bens que roubava. Porém, a vida de ladrão não era suficiente para ele, ele tinha a ambição de ir mais além, de alcançar algo que lhe fora negado a muito tempo, ele queria o trono de Valyrian. A princípio, seria algo incrível que um homem pudesse derrubar um reino inteiro sozinho, porém, quando essa pessoa é alguém
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como Lancaster Visor, isso muda de situação. Lancaster tinha as qualidades que o tornavam alguém único, e foi essa a sua grande vantagem. Ele tinha um grupo de mercenários poderosíssimos a sua disposição, e poderia combater um exército inteiro com facilidade. Com o seu plano em mente, Lancaster já tinha se preparava para a tomada do poder quando finalmente percebera algo até então ignorado. Ele percebeu que a vida difícil que levava, como um mercenário sem casa e sem felicidade, devia-se ao fato de sua mãe não ter conseguido tornar-se a rainha de Valyrian e falhado com ele. Foi então que ele, por ser aquilo em que se transformara, resolveu finalmente livrar-se de algo que não era mais útil para seus propósitos, ele resolveu retirar a vida de Vess Visor. Ele sabia que ela era uma poderosa feiticeira, porém, isso não o assustou. Com a mesma em suas mãos, iria furar sua cabeça fatalmente com a lâmina que tinha amarrada no pulso, porém
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( Lancaster Visor livrando-se das inutilidades )
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ao subestimar os poderes dela, ele cometera um grande erro. Vess Visor usou as últimas forças que tinha e amaldiçoou o próprio filho, assim como o fez com o pai dele. Por causa do seu sangue, ele já tinha o Malecdicus de Lon, entretanto, ele passaria a ter algo único para ele. Vess Visor o amaldiçoara a ser visto, por todos que olhassem, pelo que ele realmente era, um Demônio. Sua aparência corrompida era assustadora, parecia um homem com o esqueleto de um reptil, seus dentes eram afiados como lâminas de adagas, suas mãos eram garras monstruosas. Mesmo esta aparência maligna não impediu Lancaster, ele passou a ser temido por seus seguidores, que lhe obdeciam cegamente. Seus novos poderes e habilidades lhe tornaram ainda mais poderoso, o suficiente para exterminar um por um os soldados do exército de Valyrian que ficaram em seu caminho. Finalmente, ele e seus seguidores invadiram o palácio de Crown e, cruelmente mataram todos que encontraram. Entretanto, antes de morrer, Lon Aerys Lohnson conseguiu salvar a vida de seu filho Yaroglek ao colocá-lo em um navio junto de alguns de seus cavaleiros leais. Com o herdeiro do trono de Valyrian fora, e sem ninguém para se opor a ele, Lancaster tomou o poder e se auto coroou o novo rei.
( Lancaster Visor como rei de Valyrian. )
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Seu governo foi um dos mais terríveis a existir, milhares de pessoas foram mortas por se oporem a ele. A situação manteve-se assim durante vários anos, quando o verdadeiro rei de Valyrian, Yaroglek, conseguiu reunir um exército, formado por rebeldes e aliados de outros países, e finalmente derrubar o Visor do trono. Como ato de misericórdia, ele deixou que os seguidores de Lancaster continuassem a viver como exilados, entretanto, ele não sabia que entre eles estava o filho de Lancaster, York Visor. Ao serem exilados, os mercenários que seguiam a Lancaster tiveram que atravessar o mar atrás de algum território em que pudesse viver. Foi uma travessia difícil, muitos foram mortos de fome e sede, outros foram vítimas das feras marinhas, como o mergulhador dos oceanos. Entretanto, um dia, eles finalmente avistaram terra, era o Continente das Trevas, que, na época, já havia se tornado uma terra morta. Ao aportarem no território, eles fundaram uma cidade, a primeira em muitos anos, e lá se estabeleceram. Construíram casas usando os materiais desgastados do território, e, alguns anos, o filho de Lancaster, York Visor, assumiu seu lugar como líder daquele grupo. York crescera vivendo naquela cidade maldita, cuja aparência era semelhante ao de uma favela. Ele herdara a maldade de seu pai, e tinha fortes desejos de vingança. Entretanto, ele também tinha um incrível senso de aventura, e estava interessado em explorar novas terras. Durante o seu governo, os mercenários começaram a se fortalecer belicamente. Inspirados na tecnologia usada nas armas da Grande Guerra, seu poder bélico logo chegou a níveis inacreditáveis. Ao longo desse período, vários navios que passavam pelo território foram abatidos e conquistados, seus
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tripulantes foram interrogados e, logo depois, mortos. Graças as essas ações, York acabou ouvindo falar sobre a existência de uma nação a Oeste, fundada num deserto extenso, e que começara uma guerra contra outra nação. York, então, interessou-se nas riquezas da nação chamada Império Whit, e preparou seus soldados para invadir o Continente da Morte. Finalmente, eles adentraram no mesmo, invadindo o Feudo de Tuwugawa, e começando a saquear algumas vilas e cidades da mesma. Neste período, porém, York falecera, e o poder passou a ser disputado entre seus dois filhos, Ricardo e Eduardo. Finalmente, os dois firmaram um acordo, e dividiram o exército, enquanto Eduardo continuou a marchar a Oeste, em direção ao Deserto da Perdição, Ricardo permaneceu no Leste, atacando a nação de Tuwugawa. Ricardo porém, seria vencido pelas forças leais a Sr. Thor, e sendo morto, junto de seu exército. Enquanto isso, seu irmão, Eduardo, finalmente chegara ao Império Whit, porém, neste período, o mesmo iniciara a guerra contra o Império Lusitânico. Eduardo, então, aproveitou-se disso para firmar um acordo com os invasores vindos do Continente de Gelo, e passou a receber armamentos e apoio dos mesmos. Entretanto, com o final da guerra, Eduardo faleceria, e seu filho, Tudor Visor, tomaria seu lugar. Ele aliaria-se aos Lusitanos, tornando-se membro da Ditadura Militar que passaria a governar o país, e foi também neste período que ele entrou em contato com o que seria no futuro a Ordem dos Cavaleiros Negros. Anos passaram-se, e teve início a Segunda Guerra Celestial.
Neste período, os três descendentes de Tudor Visor estavam entre a liderança das tropas de Unverseds. O primeiro deles, George Visor, tornara-se um poderoso arqueiro, num nível tão superior quanto os Águias Negros de Hekelotia, o segundo, William Visor, tornara-se um poderoso lanceiro, fora ele quem iria trazer a ideia das falanges ao exército da nação Lusitana. Entretanto, estes dois morreriam durante a guerra, e somente o terceiro, Edward Visor, chegaria a continuar o trabalho de sua família. Ele, diferente de seus dois irmãos, parecia ter herdado diretamente uma inteligência superior vinda do grande Lancaster. Ele sabia que o sangue de sua família estava em perigo de extinção, e, por isso, procurou a mulher perfeita para ser a mãe de seu filho. Neste período, porém, Edward começara a despertar uma forte atração pelas artes ocultas. Ele começou a estudar a feitiçaria negra, e passou a oferecer tributos ao demônio Vrag, de quem ele ouvira falar após chegar a liderança na Ordem dos Cavaleiros Negros. Um dia, entretanto, durante um ritual, Edward conseguira finalmente abrir um portal para o Тениæмон e, por meio deste portal, o demônio Vrag finalmente respondeu aos seus chamados. Neste dia, Vrag lhe falou sobre o futuro de sua família sob a liderança
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( O estandarte da família Visor)
( As três coroas simbolizam os três filhos de Tudor Visor ) |
( Edward Visor, o único filho sobrevivente de Tudor Visor )
( Izma Linn, a esposa de Edward Visor )
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de um de seus futuros filhos, sobre como este traria grande glória a sua família e sobre sua verdadeira missão: exterminar os herdeiros de Yaroglek. Entretanto, naquele dia, Edward também soube que iria surgir alguém que ficaria no caminho e que quando chegasse a hora, ocorreria a batalha final entre as duas família e que somente o mais forte iria sobreviver. Com isso em mente, Edward sabia que o tal herdeiro de seu nome deveria ter poder suficiente para vencer o tal inimigo, e então propôs a Vrag que, em troca de sua libertação do Тениæмон, este inserisse a alma do deus da escuridão, Zadier, dentro do guerreiro destinado (ele acreditava que se somasse o poder maligno de seu próprio sangue com as trevas do deus morto, criaria assim o guerreiro supremo). Firmado o acordo, Vrag disse-lhe onde encontrar a mulher destinada a ser mãe de seus filhos, e quem ela era. Edward, então, viajou às ruínas da antiga Kaos Trans, onde, na época, um grupo de feiticeiras estava reunido. Durante sua travessia até lá, entretanto, suas forças foram vítimas de muitos feitiços por elas realizados, e as alucinações levaram muitos homens a matarem uns aos outros. Entretanto, quando Edward enfim chegou, ele foi reconhecido como um guerreiro digno de estar ali, e foi apresentado a líder daquele grupo, uma feiticeira chamada Izma Linn. Edward, então, cortejou-a e disse que, em troca dessa aliança, elas deixariam de serem meras mulheres abandonadas a própria sorte e sim aquelas que se tornariam as nobres do novo mundo. O acordo selado entre os dois grupos seguidores da escuridão foi o início de um novo futuro. Edward viajou então, a antiga cidade que seus antepassados fundaram no Continente das Trevas. Segundo o que Vrag lhe havia dito, aquele lugar possuía tanto poder maligno concentrado, que somente lá poderia nascer o guerreiro que teria o poder para concluir a missão dos Visors. Foi num dia em que a noite foi mais longa que o próprio dia, Izma Linn deu a luz a um bebê de pele pálida e cabelos negros. O acordo feito com Vrag, teve efeito, então. A alma, a qual o bebê recém-nascido possuía, era formada pela escuridão do deus Zadier, morto anos antes. Além disso, ele herdara também a escuridão maligna dos Visors e poder oculto da feiticeira que era a sua mãe. Foi dado a ele o nome Duisternis, que significava TREVAS na língua divina. Entretanto, ele não foi o único a nascer naquele dia, logo depois de seu nascimento, outros dois bebês saíram de dentro da feiticeira maligna, um era um menino de cabelos loiros, com uma coloração até mesmo semelhante ao de fios de ouro, e o outro era uma menina de cabelos também loiros, porém com uma coloração não dourada mas sim natural. Ao menino fora dado o nome de Itzala, e a menina fora dado o nome Arkzana, e assim como o primeiro a nascer, eles haviam herdado incríveis poderes malignos de seus pais, sendo que Itzala havia herdado mais ao pai, enquanto Arkzana herdara mais à mãe. Juntos, os três filhos de Edward representavam o novo trio de Visors na
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família, e passariam a crescer no Continente das Trevas, vivendo uma vida miserável, e sem esperanças de mudanças. Nem mesmo amor eles receberam, pois, sua mãe morrera durante o parto, e o pai os tratava como soldados de um exército. Ao longo dos anos, eles cresceram ouvindo do pai sobre a missão de exterminar os herdeiros de Yaroglek, e que somente um deles teria esta missão, enquanto aos outros seria restada a tarefa de protegerem-no. Quando os três filhos de Edward completaram 15 anos, eles se apresentaram diante dos seguidores de sua família para que o herdeiro fosse enfim escolhido. Edward Visor, já envelhecido, apontou Duisternis Visor como o herdeiro destinado a realizar a tal missão. Isso, entretanto, irritou bastante a Itzala, que acreditava ser ele o herdeiro. Após confrontar o pai, Itzala ouviu do pai o relato sobre o que aconteceu durante a conversa deste com Vrag. Edward, então, disse a Itzala que ele tinha uma última missão, que era proteger a vida de Duisternis e de seus filhos a qualquer custo. Itzala, então, deixou de usar o nome Visor e fundou uma nova família chamada Dalmagrus, cujo única missão era manter viva a família Visor. Anos depois, porém,
o destino parecia ter outros planos para a família dos Visors. Enquanto os filhos de Edward cresciam para se tornarem poderosos guerreiros, o próprio Edward observava seu próprio fim se aproximando. Um ser que a muito desejava vingança veio para tirar-lhe a vida. Seu nome era Aemon Lohnson. Aemon era um de dois irmãos, os últimos da família que viera do irmão de Lancaster, Yaroglek. Ambos tiveram dois irmãos cada, porém, seguiriam caminhos diferentes. Aemon observaria seu irmão, Daron Lohnson, tirar a vida da própria esposa e de seus dois filhos usando o poder de seu Malecdicus. Não era de propósito, porém, uma vez que ele não conseguia controlar seus próprios poderes. Daron adquirira tal poder durante um ataque que Edward Visor realizara contra os Lohnsons, isto numa época muito antes do nascimento de seus três filhos, quando seus dois irmãos ainda eram vivos. Finalmente, Aemon viera para tirar a vida de Edward Visor. Nesta batalha, o Lohnson teria uma vantagem, uma vez que possuía uma técnica não adquirida pelo Visor, cujo nome era Malecdicus Finales. Tal técnica foi suficiente para tirar a vida do último dos três irmãos, porém, custou ao Lohnson um de seus olhos. Enfraquecido pelo seu próprio golpe, o Lohnson não
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( O estandarte dos Dalmagrus, fundados por Itzala Visor )
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( Duisternis Visor, o jovem herdeiro de Edward Visor )
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reagiria após ficar cara-a-cara com o herdeiro do ser a quem acabara de matar, Duisternis Visor. O poder de Duisternis era de longe muito mais elevado que o do próprio pai, porém, o Lohnson ainda tinha a vantagem, uma vez que controlava uma técnica que o Visor jamais sonhara que possuiria. Sabendo do poder que o Lohnson possuiria, o Visor deixaria aquele lugar com a mensagem de que um dia retornaria para vingar-se, e quando isso ocorresse, seria com os herdeiros do Lohnson que ousara tirar a vida de seu pai. O tempo traria a Duisternis o poder de que precisaria para completar os seus interesses. Finalmente, ele subiria ao posto máximo na Ordem dos Cavaleiros Negros, ele tornara-se seu líder máximo, representante do próprio Vrag na terra. Duisternis tinha grandes interesses, que iam muito além de mera vingança, ele queria algo além das barreiras do velho reino de Valyrian, já inexistente, ele queria o mundo. Porém, não era apenas a ira e o ódio dos Visors que corria em suas veias, ele também tinha o mal de um deus morto, o mal de Zadier que a muito havia-se acreditado ter sido destruído. E foi isso que definiu seus planos futuros. Ele queria o mundo, mas também queria a destruição de seus inimigos, tanto os inimigos de sua vida passada, quanto aos inimigos de sua família. Entre eles, porém, havia um, alguém que estava tanto presente no passado quanto no presente, este alguém era Hed Malakian. Em sua vida passada
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como Zadier, Hed fora alguém que atrapalhara seus interesses em expandir o Império Lusitânico além de suas fronteiras pela segunda vez, e também um amigo próximo daquele que lhe tirara a vida, Gabriel Hatsume. Na vida atual, porém, Hed tornara-se alguém importante em sua vingança, o fato de ter o sangue de Aemon Lohnson e de seus antepassados, e sua traição da Ordem dos Cavaleiros Negros, seriam aquilo que definiria esta importância. Tudo o movia a este forte desejo de vingança, destruir Hed a todo custo. Porém, ao mesmo tempo, ele tinha outros fatores importantes para tratar, pois existia outro inimigo, ainda mais poderoso, porém, que precisava ser destruído, Gabriel Whit. Ao assumir a liderança da Ordem dos Cavaleiros Negros, Duisternis tinha em mente que seria usando a Ordem que ele conquistaria o mundo inteiro, e sabia desde cedo que, para isso, teria que destruir Hekelotia e os Reinos Unidos. Porém, ele não tinha terra próspera onde pudesse começar a criação de seu império, nem ao menos uma quantidade de soldados o suficiente. Ele precisava de homens dispostos a segui-lo, e precisava de uma terra para sustentá-los. Ele já tinha em mente o lugar onde passaria a viver, esse conhecimento que ele conseguira de sua vida passada. Ele tinha olhos na Lusitânia, ou melhor, no território que um dia foi àquela nação. Um território que os Hekelotianos nunca foram capazes de conquistar de verdade. Mesmo após destruírem o seu governo e tomarem para eles o território, de nada aquela terra pode servi-lhes, por causa de seu clima frio e desolante. Os Hekelotianos eram provenientes de uma floresta densa e tropical, estavam acostumados as altas temperaturas e aos verões chuvosos. Mesmo após fundarem uma vila numa região que conseguiram suportar, não conseguiram manter durante muito tempo o devido controle sobre a região, deixando-a a mesma de lado ao longo dos anos. Os Unverseds que habitavam aquela terra não tinham liderança central, estavam divididos em diversas tribos, fragilizados, com suas forças mal aproveitadas. Quando Duisternis iniciou seu movimento de tomada de terras, ele focalizou a região da Lusitânia principalmente. Ele chegou ao território durante um período em que as temperaturas estavam mais amenas, e, facilmente, conseguiu reunir todas as lideranças das tribos Unverseds, unificando-as em sua liderança. Duisternis Visor agora tinha um exército dedicado a serví-lo e, em questão de dias, havia adquirido uma terra para sustentá-lo. Esse era apenas o começo de seu expansionismo, porém. Ele já planejava a tomada de mais e mais territórios, e para isso, ele iniciaria uma guerra contra os Reinos Unidos. Foi durante este período que a nação de Rosekstan fora finalmente fundada. Uma nação nascida do militarismo, dedicada a guerra e cuja a maioria da população era formada por soldados.
No início, a nova nação não era tão poderosa quanto as demais nações regentes no mundo. Foi necessário algum tempo de investimento no próprio país para que este se organizasse. Devido a interferência Hekelotiana anos antes, boa parte de sua economia estava danificada, e era preciso algo para começar. Ao mesmo tempo que Duisternis e a Ordem haviam adquirido controle sobre a Lusitânia, eles também haviam conseguido uma invasão sucessiva ao Estado de Westeros que pertencia a Hekelotia. O curto governo de Duisternis sobre o Estado Hekelotiano o permitiu extrair recursos minerais e financeiros o suficiente para dar início a evolução de Rosekstan, que ainda não era considerada uma nação. Entretanto, tudo isso era apenas um bonus, quando comparado ao verdadeiro plano que Duisternis tivera. A tomada do Estado de Westeros teria como consequência uma reação Hekelotiana, e ele sabia exatamente quem eles iriam enviar para retomar o território, "Rafael Tully" (Tradhtar Vaenulik) lhe garantira isso. Dentre as tropas enviadas por Gabriel Whit, estava Lewis Smith, o conhecido filho de Atlas. Suas habilidades sobre a dominação de água dariam uma grande vantagem, devido a localização de Uxrell. Teve-se então a batalha, e rapidamente os Hekelotianos conseguiram adquirir a vantagem sobre ela. Finalmente, eles invadiram o palácio de Uxrell, onde o poder da Ordem estava concentrado, entretanto, para sua surpresa, aquilo era uma armadilha. Duisternis aproveitou um momento de desatenção por parte de Lewis Smith e o atacou com a magia Manipulem, permitindo-o tomar o controle de sua mente e usá-lo como a ferramenta mestre em seu plano. Finalmente, a Ordem conseguiu recuar da cidade por meio de navios, entretanto, estavam levando o filho de Atlas consigo, para que ele finalmente cumprisse sua
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( Comparação entre O Estandarte da Ordem dos Cavaleiros Negros e O Estandarte do Império de Rosekstan, um exemplo máximo de uma nação da Ordem. Repare também que a semelhança entre os dois é o símbolo da Fênix Bicéfala, originada do Estandarte dos Visors. )
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função no plano de Duisternis. As forças hekelotianas, ao descobrirem sobre o sequestro de Lewis Smith enviaram um grupo de soldados atrás da Ordem, porém, quando finalmente os alcançaram, já era tarde. Duisternis Visor estava usando Lewis Smith e seus poderes para abrir uma passagem rumo a uma caverna no fundo do mar, onde, anos antes, a Nona Espada, a lendária arma da Segunda Guerra Celestial, havia sido lacrada para que não caísse novamente em mãos erradas. Teve-se início uma batalha entre as forças Hekelotianas e da Ordem, o que permitiu que Duisternis pudesse procurar a arma sem ser incomodado. Entretanto, a batalha ficou ainda mais difícil quando os Impuros também apareceram, interessados em também tirar vantagem da situação. Porém, eles não vieram sozinhos, pois o sequestro de Lewis atraíra a atenção de Zurvan e de outros deuses, e o movimento destes atrairia, finalmente, a atenção de Shargoth e dos outros Targathens. Finalmente, tivera início uma batalha de cinco lados, que só seria finalmente interrompida quando Duisternis emergira vitorioso, com a Nona Espada em mãos. Naquele momento, ele usaria os incríveis poderes da lendária arma para destruir todos os seus inimigos, porém, algo acontecera que ele não havia previsto. Neste momento, um navio de gigantescas proporções emergira do fundo do mar, carregando estranhos tripulantes, que chamou a atenção de todos ali presentes. Estes seres logo usaram seus incríveis poderes, tirando a Nona Espada das mãos de Duisternis, e então, usaram-na para abrir um estranho portal para um mundo paralelo, chamado de Тениæмон, e de lá, um último ser desconhecido emergira. Este ser finalmente se revelara como sendo Vrag, um antigo demônio, nascido da relação entre Panzabil e Halliz, e que enviara seus filhos, os Titans Elementais, para que dominassem este mundo chamado de Неутрален. Finalmente, Vrag revelara a verdadeira origem da Ordem dos Cavaleiros Negros e sua função na dominação mundial, ele então tomaria a Nona Espada para si e sumiria junto de todos os soldados da Ordem sobreviventes, inclusive Duisternis. Durante os dois meses seguintes, Vrag comandaria a construção de um gigantesco palácio, que ele chamou de o centro de comando da Ordem dos Cavaleiros Negros e de todos os territórios que caíssem em suas mãos. Tal lugar receberia o nome de Tashivotsk, e se tornaria a capital do Império de Rosekstan. Vrag, então, se autocoroou imperador, e nomeou Duisternis Visor como seu braço direito e Primeiro-Ministro do país.